segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bem, amigos!

 
Bem, amigos! Estamos em uma final histórica da copa do mundo de 2014 e a disputa pelo caneco está entre o Brasil de Neymarrrr! e o Uruguai....E nunca antes na história deste país temos a oportunidade de presenciar uma festa desta magnitude, as arquibancadas cheias e para iluminar este grande evento, a área vip do novo Maracanã recebe grandes nomes do pensamento brasileiro como: Luciano Huck, Xuxa, Thor Batista e muitos que ainda estão a caminho!!!!!!

Enquanto isso na arquibancada sul, o pior setor do Maracanã....


Furet: Caríssimo Ricoeur, pronto para mais uma pelada?

Ricoeur: Tenho certeza que não, o futebol sul-americano, especialmente o brasileiro é surpreendente!!!!

Furet: Pois é! Nós que demos uma lavada em 98 estamos sofrendo com a profunda crise na seleção francesa! Lembra? Tínhamos, Barthez, Thuram, Desaily, Leboeuf, Lizarazu, Dechamps, Petit, Karrembeu, Djorkaeff, e aquele que vale por todos esses juntos, o espetacular Zidane!

Furet: Tempos de glorias! A esquerda era forte desempenhava uma liderança inquestionável!!!! Influenciava e ditava o ritmo durante todo o período. A direita já demonstrava seus limites, e seu apogeu já fora faz tempo... e agora só lhe resta a inoperância.

Ricoeur: Concordo, acho interessantíssimo o diálogo e a relação dialética entre sua explicação e a compreensão!

Ricoeur: Interessante também é o jogo de futebol. No início, a escalação perfeita, as seleções representadas por seus melhores atletas, no ápice de sua forma física, cada um desempenhando funções taticamente essenciais para a vitória. Mas, ao iniciar o jogo, verificamos que toda esta sincronia logo é desfeita e a diacronia predomina, a confusão prevalece conforme o tempo passa e a derrota se aproxima, ou seja, ocorre a falta completa de comunicação impossibilitando a ocorrência da reciprocidade de intenções responsável pela produção do diálogo.

Furet: Historicamente, sempre destacamos os embates entre a esquerda e a direita, mesmo porque Lizarazu (lateral esquerdo) sempre foi mais simpático e elegante que Thuram (lateral direito).

Ricoeur: Entendo, que é apenas uma questão de escolha, é o custo de oportunidade de escolhermos um em detrimento do outro.

Furet: Deve ter alguma explicação para esses sul-americanos serem melhores com a bola no pé! Veja meu caro, o Brasil foi campeão do mundo nada menos que cinco vezes! O Uruguai e a Argentina duas! E nós apenas uma e ainda tem gente falando que foi de uma forma não muito lícita!

Ricoeur: Para de perder tempo com essas reflexões! Afinal o futuro ainda não é, o passado não é mais e o presente não permanece!

Furet: A reposta está nos meios, nos signos, nas coletividades e nas múltiplas estruturas culturais em que esses jogadores estão inseridos.

Ricoeur: Tanto o Brasil quanto o Uruguai demonstram qualidade técnica e individual de seus atletas, o que corresponde a uma correlação direta ao tempo dispendido em treinamentos e as características genéticas de sua formação física privilegiada.

Furet: Corretíssimo meu exemplar e iluminado amigo! Além da genética, as estruturas e o meio em que estão envolvidos possibilitam através de fatores endógenos, uma propensão maior de gasto do tempo jogando bola.

Ricoeur:  Não estou acompanhando a luz de seus raciocínios, estruturas?

Furet: Sim! País pobre, terceiro mundo lembra-se? Baixo nível de desenvolvimento econômico, escolaridade, enfim, o tempo é mais ocioso e destina-se a práticas esportivas e o aperfeiçoamento como atletas como uma das poucas possibilidades de ascensão social. Isso explica tantos fenômenos como: Ronaldo's, Neymar, Pele, Richarlyson, Maikon Leite, Felipe Melo.......

Ricoeur: Mas eu dispunha de muito tempo e não desenvolvi meu talento no futebol......

Furet: Você é uma exceção! AH! O verdadeiro futebol! A essência do esporte, que ainda sobrevive nesses paraísos não contaminados pela abundância e opulência dos grandes clubes! Onde predomina a simplicidade, a rusticidade, a bola feita de meia revelando craques para o mundo, a objetividade, a arte de fazer gols, a eficiência......

Ricoeur: IH ! Já se foram noventa minutos, vamos para a prorrogação......


Luiz Sato
N° 8620570
noturno

Um comentário:

  1. Não trabalhou muito com os conceitos dos autores; as análises sobre futebol, no diálogo entre os autores, caíram em estereótipos e não análises históricas! Poderia ter articulado melhor a teoria ao conteúdo do diálogo. Essa frase do Ricoeur, por exemplo:
    "Interessante também é o jogo de futebol. No início, a escalação perfeita, as seleções representadas por seus melhores atletas, no ápice de sua forma física, cada um desempenhando funções taticamente essenciais para a vitória. Mas, ao iniciar o jogo, verificamos que toda esta sincronia logo é desfeita e a diacronia predomina, a confusão prevalece conforme o tempo passa e a derrota se aproxima, ou seja, ocorre a falta completa de comunicação impossibilitando a ocorrência da reciprocidade de intenções responsável pela produção do diálogo"
    ficou muito boa, seria um bom disparador na comparação e confronto intelectual entre os dois!

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