segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O início do fim do Jogo!

Dois franceses, um historiador Françóis Furet e um filósofo Paul Ricoeur aguardam sentados lado a lado na arquibancada, o início do jogo da final da copa do mundo de 2014 entre Brasil e Uruguai no maracanã:

F: Paul, quais as suas expectativas para o jogo de hoje? Levando em consideração a decepção dos brasileiros na copa de 1950 com a vitória do Uruguai por 2x1, a posição do Brasil hoje como penta-campeão e o desempenho considerável do Uruguai na última copa?

R: Se pensarmos com base na fenomenologia do tempo em Agostinho o passado não é mais, então o Uruguai não é mais campeão, o presente não permanece assim um segundo após a vitória podemos inferir que este evento já faz parte do passado e o futuro não é ainda, dessa forma poderei transmitir minhas impressões ao final do segundo tempo. A história do gênero humano é um atravessamento do tempo, nós fazemos a história acontecer com nossas ações e nossas paixões. Nesse sentido, o resultado do jogo de hoje pode ser o resultado das ações, das paixões ou de ambos.

F: Não falemos de filosofia, este jogo é histórico porque colocamos um problema - O Brasil perdeu a copa de 1950 no maracanã - esta é a grande oportunidade de réplica, podemos quantificar a partir de fundamentação matemática ou seja quantos gols o Brasil precisa fazer para vencer o Uruguai, tornar-se hexacampeão e entrar para a história do futebol. Você está torcendo para qual time?

R: Furet, o tempo da história não é coincidente com o tempo presencial. Não torço para nenhum time, estou apenas fixando os fatos e aproveitando para listar as características físicas da mulata carioca, uhhhh nem só de filosofia vive um homem! Claro que devemos considerar que a derrota brasileira nesse jogo seria de fato uma tragédia, infortúnio não merecido capaz de provocar grande tristeza e consternação.

F: Paul vejo que temos opiniões em comum e que a sua história narrativa apesar de ultrapassada e fora de moda não apoia-se simplesmente na imaginação mas corresponde a configurações da própria realidade histórica.

O jogo termina, a bola rola, o jogo começa, mulata, roda de samba, cerveja é golllllll!!!!!! A história-narrativa continua lado a lado e quiçá de mãos dadas com a história-problema, a poética e a antropologia interagem e se complementam.

R: Pato recebe a bola, flutua sobre o gramado, dribla um, dois, três jogadores, passa para Neimar que como um pássaro rodopia no ar e numa bicicleta mágica chuta e é bola fora!

F: Mas porque o Neimar não passou a bola para o Robinho que estava sozinho na direita? Faltam só dez minutos para o fim do jogo...

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Priscilla Gomes Osti - Noturno - Nº 5682352

Um comentário:

  1. O texto começou bem ao apontar as diferentes interpretações dos autores sobre a partida, mas não aprofundou os conceitos dos autores, nem demonstrou o possível confronto entre eles, também não ficou muito claro porque as suas concepções se complementariam. Achei, particularmente, que os estereótipos sobre a cultura brasileira poderiam ser evitados.

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